“Deambulação por fragmentos: os diários de Vergílio Ferreira”

Resumo

Já com carreira consolidada em Portugal, Vergílio Ferreira resolve publicar, a partir de 1981, os seus diários, nove volumes intitulados Conta-Corrente. Tal gesto pertuba a recepção de sua obra anterior e coloca questionamentos variados em relação ao estatuto ficcional. O presente ensaio indaga a respeito da marginalidade dos diários no trajeto literário deste autor e aponta leituras críticas sobre essa prática de escrita do eu.

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As datas, as inscrições dos dias e dos anos, surgem na obra de Vergílio Ferreira como uma urgente reflexão acerca da relação do homem com o tempo e a escrita. Mas nem sempre a dedicação à perspectiva do calendário recebeu tal importância na atividade deste escritor. Uma inflexão parece ter ocorrido após o início da redação dos diários e este trajeto convém ser recuperado: Vergílio prepara os nove volumes de Conta-Corrente entre 1969 a 1994; começa a publicá-los, porém, anos depois, a partir de 1981, sendo que o último exemplar é lançado no mesmo ano em que decidira dar por encerrada a sua empreitada, em 1994. Maria Alzira Seixo adverte que tal publicação colocou problemas de ordem literária nunca antes provocados em Portugal, que vão muito além das noções que cercam a atividade diarística, seja a sinceridade, a confissão ou o pudor. O que se percebe é que essa mudança de percurso alterou o cenário editorial não por exibir o íntimo, o pessoal, mas sim pelo fato de a publicação ter sido equiparada as outras obras ficcionais do autor1.

A partir deste gesto algumas outras interrogações podem ser levantadas: o diário procura afastar-se dos romances ou deles se aproximar? Seria, antes, o relato da obra que se escrevia, espécie de laboratório, armazém de ensaios e de possibilidades? Ou, como defende Blanchot, os diários existiriam justamente porque não se escrevia a obra? O que este fato acarretaria às modalidades em prosa já consolidadas? Os fragmentos recusam uma narrativa de si? Ofereciam um autorretrato? Seria indício de uma nova ética da leitura?

Denominando-os, na altura, de “prosa artítistica”, Seixo alerta que “a expressão literária da relação não literária com o mundo foi abertamente assumida por

Vergílio Ferreira.” (Seixo, p.163) Interessa-nos, aqui, mais do que perquirir a relação entre data e assinatura – estudo realizado por Abel Baptista no ensaio “O espelho perguntador – sobre crônicas e diários”2 (2003), ou precisar o que vem a ser o não literário (lembrando como no tempo presente a modalidade diário vem sendo explorada ad nauseam e acoplada às mais variadas técnicas ficcionais), discutir como ocorre uma errância entre os gêneros em Vergílio Ferreira a partir da iniciativa de se escrever um diário. Levantar, através de exemplos colhidos nesses nove livros, o embate inquieto e desassossegado do percurso da publicação de tais edições. A hipótese que se levanta neste ensaio é que Vergílio tenta romper com a linhagem da “sinceridade”, consagrada no século XIX e se ancorar em certa negatividade. Apesar de se alicerçar na imediaticidade do cotidiano, alguns temas comuns a toda a sua obra, a saber, morte, tempo, velhice, liberdade, melancolia, memória, aparecem como ritornello nesses exemplares. A este propósito, as primeiras linhas da escrita diarística de Ferreira demonstram como ele já começa o projeto defendendo a diferença entre a narrativa e os fragmentos diarísticos:

-Fevereiro (sábado). Fiz cinqüenta e três anos há dias. Como é óbvio, não acredito. Mas enfim, é a opinião do Registro Civil. Acabou-se, fiz cinqüenta e três. É aliás uma idade inverossímil a minha, desde os cinqüenta. A “vergonha” da idade (que não tenho) deve vir daí. E então lembrei-me: e se eu tentasse uma vez mais o registro diário do que me foi afectando? Admiro os que o conseguiram, desde a juventude. Nunca fui capaz. Creio que por pudor, digamos, falta de coragem. Um romance é um biombo: a gente despe-se por detrás. Isto não3. (Ferreira, p.)

Pode-se observar, neste excerto, a diferenciação genológica entre o exercício ficcional e o da confissão. A idade – 53 anos – parece ser o gatilho da empreitada, o mesmo ponto que, em L’age d’homme, Michel Leiris também toma como ponto de largada:

Acabo de completar trinta e quatro anos, a metade da vida. Fisicamente, sou de porte médio, mais pequeno que médio. Tenho cabelos castanhos, cortados rente a fim de evitar que ondulem, também por temor de que se desenvolva uma calvície ameaçadora. Tanto quanto posso julgar, os traços característicos de minha fisionomia são: uma nuca muito reta, caindo verticalmente como uma muralha ou uma falésia, marca clássica (a acreditar nos astrólogos) das pessoas nascidas sob o signo de Touro; uma fronte larga, um tanto achatada, com veias temporaris nodosas e salientes. (Leiris, p.27; 2003)

O que se percebe, logo a princípio, é que em ambos os projetos há a necessidade de uma reorientação do percurso da vida pela escrita. No projeto memorialístico de Leiris existe a crença de uma revisão do vivido. Descascar o eu, mesmo que sempre seja “necessário construir um muro ao redor de si, com auxílio da roupa” (Leiris, 2003, p.192). Envolvido com a Psicanálise e com o Surrealismo, a etnografia do eu no escritor francês é uma autobiografia situada “entre o caos miraculoso da infância à ordem feroz da virilidade”, rito de passagem. Já em Vergílio, os diários não são exemplares do roman d’aprentinsage. Não se assume o risco, o tremor, o vacilo, a falha oriundos da catarse, como em Leiris. Um desejo de profundidade move o gesto de introduzir “o chifre do touro” na vida e na memória do francês.

Apesar de “situar-se no centro vivido de tudo” (p.165, C-C I), Vergílio diz ser impossível o coeur mis à nu. “Contar aqui seja o que for é de algum modo inventá-lo, vivê-lo em ficção, em artifício.”(C-C I; p. 318). O título da empreitada – Conta-Corrente – já marca o movimento, as transações do produto, do capital das recordações, dos lugares, fatos e das pessoas, como agudamente mostrou Béatrice Didier em um estudo consadrado ao gênero4. A intimidade parece não ser refúgio, nem a individualidade um valor absoluto para o escritor português. Se o diário foi constituído na Idade Moderna e influenciado, historicamente, pelo capitalismo, cristianismo e individualismo, o título do projeto alude diretamente ao livro de contas típico do balanço do capital. Mas a relação com o exame da consciência, com a oração, é ambígua, como tentaremos mostrar a seguir.

A estudiosa da literatura autobiográfica em Portugal, Clara Rocha, observa que os diários de Vergílio recusam a confissão, a doação do eu e se filiam a um número de obras na qual resssentimento, a-sociabilidade, ensimesmamento e megalomania exacerbada são exibidos. Funcionariam, assim, como um jogo de espelhos com a restante obra, sendo “apenas uma peça do puzzle autobiográfico e, paradoxalmente, nem sequer a mais significativa”(ROCHA, p.255)

Rocha recupera também passagens em que o autor relaciona o diário ao gênero feminino ou em termos de infantilidade, o que corrobora para demonstrar o lugar menor e marginal do diário na hierarquização dos gêneros realizada por ele.

Nesse sentido, é curioso demarcar como o pronome demonstrativo “isto”, cujo emprego serve para justamente demonstrar a posição de um elemento qualquer em relação à pessoa do discurso, situando-o no espaço, no tempo ou mesmo no interior do discurso, surge com mais recorrência quando Vergílio se refere ao seu projeto: “Um pouco de obrigação, o que fazer? Cá retorno a isto”(p.29; CC 1); “Creio que perdi o interesse por isto.”(p.195; CC I); “Isto já não é um diário – é um mensário”. (p.206; CC I); “Regresso a isto por uma fidelidade a mim próprio, ao compromisso que assumi pelo facto de ter iniciado esta escrita. Mas só. Objetivar o que nos acontece é quebrar o seu fluxo, desintegrá-lo de nós.”( p.246, CC I); “Há quanto tempo já que ando longe disto! Já o disse, não tenho queda para o “confesso”, até porque implica sempre um pouco de abjeccionismo.”( p. 57; CC 1); “Não, não volto a isto. Mas ficou-me o hábito de despejar para este caixote as ideias que vêm ter comigo e não tem destino”. ( C-C II, p.10)

Mas o que passa desapercebido para esses ensaístas é como o projeto todo é movido por uma ambivalência, por uma tensão. Se em alguns momentos conscientemente se diz que o escreve por obrigação, que o diário é um caixote de ideias sem destino, que são “restos de mim”( C-C II, p. 79), e que, “por problema de decência” não é capaz de se confessar, em outros excertos se enreda na pergunta mais tradicional dessa escrita do eu, “quem eu sou”:

É curioso. toda a gente sabe a pessoa que é, como é, qual o seu feitio com virtudes e defeitos. Eu não sei como sou. Toda a gente diz que é um pessoa  que gosta de, que quando lhe dizem que, fica de tal maneira que, que não é pessoa para, que há pessoas que, mas que ela não é capaz de. e por aí fora. Eu não sei como sou, e limito-me a ir sabendo quando é ocasião, para logo depois esquecer. E quando por acaso e sobretudo por ensinamento dos outros vou tendo uma noções, fico surpreendido e de cara à banda. Quando me interrogo é sobretudo para me espantar de existir e de ter um destino intrigante. Mas isso não dá para saber como sou mas só um pouco o que sou. E isso não dá para uma psicologia. E terá algum interesse a psicologia? Aliás, as pessoas que conheço só sabem de si virtudes e defeitos simpáticos. Os outros defeitos, os de tonelada, nunca os aprendem e só os outros os conhecem. E desses só se fala nas costas."(C-C V, p. 326)

O que autor parece não perceber é que atende aos quatro motivos principais para escrever um diário, conforme diagnostica Roland Barthes: 1) poético (compor um texto permeado de individualidade de estilo e escritura; 2) histórico (oferecer traços de um tempo, de uma cena específica); 3) utópico (o autor se colocar de forma interessante, e falar dos seus costumes, humores, gostos, intimidade); 4) amoroso (converter o gênero não em um conjunto de frases belas, mas sim, justas).

Maurice Blanchot, em Le livre a venir, também oferece sensíveis perspectivas críticas para a compreensão da obstinada e persistente atividade de Ferreira. A definição de o diário como forma singular híbrida, recupera a tensão e a gravidade desse tipo de livro. Segundo o crítico francês, tal gênero, conhecido pela sua ligeireza, pela aparente leveza, prenhe de liberdade, é sujeito ao calendário, que deve obedecer rigorosamente.Se momentaneamente os dias comuns protegem e regularizam a escrita, também limitam o poder da profundidade dos pensamentos uma vez que o diarista deve ser sincero e, para sê-lo, deve ser superficial. Se prentende aprofundar-se, o diário vira narrativa:

Ninguém deve ser mais sincero do que o diarista, e a sinceridade é essa transparência que lhe permite não lançar sombra sobre a existência limitada de cada dia, à qual circunscreve a preocupação de escrever. É preciso ser superficial para não faltar à sinceridade, grande virtude que requer coragem.”(Blanchot, p.193)

Conta-se (narrativa) o que não se pode relatar (diário). Outro ponto importante é a necessidade de se salvar o dia. “Cada dia anotado é um dia preservado.” Espécie de âncora do cotidiano, pode se tornar também uma espécie de escudo contra o perigo da escrita. Nulidade, insufidiência, pequeno recurso contra a solidão:

Escrevemos para salvar a escrita, para salvar a vida pela escrita, para salvar o nosso pequeno eu (as vinganças sobre os outros, as maldades que destilamos) ou para salvar o nosso grande eu fazendo-o passar pelo que não é, e então escrevemos para não nos perdermos na pobreza dos dias. (Blanchot, p.196)

Mas essa fórmula – ilusão de escrever sobre os pequenos nadas da vida - vira uma armadilha para o escritor porque a escrita altera os dias. Espécie de pharmakón derrideano, ela recupera e negrita o malogro da tática diarística. E essa tensão é percebida e descrita por Vergílio:

Extremamente difícil continuar este diário. Sempre o leitor ao lado, a espiar. Que me leiam um romance, não me perturba. Mas não me leiam a mim. Toda a confissão literária se defende com o intermediário artifício. Mas num diário subtende-se que nada haverá de permeio. E não é fácil confessarmo-nos sem essa defesa. E é o que aliás me vai valendo. Mesmo um Pessoa é difícil imaginá-lo a dizer em se nome tudo o que diz por interposto lirismo. Até o Livro do Desassossego, de que li o publicado, sendo de um heterônimo, mas precendo mais Pessoa, defende-se com a literatura que se convenciona isolá-lo. E as confissões totais à Gide, Rousseau? Mas é que a confissão declarada arrance-se pela ousadia ao seu autor – e distancia-o. Assim a sinceridade será sempre impossível pelo deslocamento de nós a que obriga (Sartre). ( C-C I, p.148)

Vergílio refere-se a poética do fingimento de Pessoa como espécie de proteção ao desnudamento, à exigência da verdade. No entanto, não utiliza os embustes e máscaras identitárias próprias da vanguarda do início do século XX. Em nada os fragmentos se assemelham ao diário do amanuense pessoano ou dos duplos borgeanos (a quem se refere inúmeras vezes no diário para falar da “persona” do escritor na vida pública). Talvez uma observação deva aqui ser feita. Não é o gênero que comanda a escrita, mas, sim, o que María Zambrano sublinha: os gêneros literários alicerçam-se na necessidade da vida que os deu origem “não se escreve certamente por necessidades literárias, sim por necessidade que a vida tem de expressar-se.”(Zambrano, p.25)

Por confissão, a filósofa denomina a máxima ação de executar a palavra, movimento que surge quando a vida chegou ao limite de confusão e dispersão. Jó ou Santo Agostinho tentam revelar a vida num momento em que estão demasiadamente cansados de serem homens: “de descobrir algo além dela.” Mas se manifesta, também, no gênero confissão, o caráter fragmentário de toda uma história “em que o homem sente-se a si mesmo como um troço incompleto, esboço, nada mais; pedaço de si mesmo, fragmento”. (Zambrano, p.37)

Percebe-se, pelos exemplos recuperados neste texto, que o autor de Conta-Corrente debate todo o tempo contra a ideia da exposição, mas há fissuras em que a subjetividade exibe-se. Contradição e paradoxo marcam as idas e vindas em diferentes gêneros literários, perfazendo um trajeto tortuoso de escrita:

Arrasto agora comigo três livros: um romance, um livro de “reflexões”e este caixote de lixo. O romance tenta realizar-me no que me sonhei como destino. O livro de “reflexões” tenta realizar-me como homo-sapiens. E o caixote de lixo realiza-me o resto, que é demasiado humano. Não imagino o que significará tudo isto para quem amanhã o visitar. E mesmo assim a glória que era de me caber talvez resvale para onde não estou. De todo o modo esforço-me por responder nestas três entradas ao que me procura o imaginário, ao que me procura com a sua ambição mental e ao que pretende apenas espolinhar-me um pouco ao modo dos que frequentam um restaurante barato para se esbarrigarem, falar alto e arrotar... (C-C, I nova série, p.10)

Neste volume, que equivaleria ao sexto livro publicado, Ferreira esclarece como os diários são o lugar do resto, o caixote do lixo. Os romances, satisfazeriam-no como escritor (e seriam responsáveis por sua canonização, um dos temas mais recorrentes em todos os seus escritos diarísticos); o livro de “reflexão”, publicado posteriormente com o título Pensar, um prolongamento enxuto e condensado dos seus lampejos aforísticos; já o diário, o “isto”, as “escorralhas do acontecer diário” (C-C I nova série,p.19)

Cravado de ambiguidade, o diário é um turning point na trajetória de Vergílio Ferreira. A forma itinerante, fragmentária, a mais afinidada com essa virada subjetiva cuja aproximação com a morte parece ter engatilhado a escrita. Não é à toa que, como epígrafe da jornada que ele nos oferece, uma frase de Sartre é capaz de a retratar: “todo o velho é uma confissão”.

Bibliografia

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BARTTHES, Roland. Diário de Luto. Lisboa: Edições 70, 2009.

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DIDIER, Béatrice. Le journal intime. Paris: P.U.F., 1976.

FERREIRA, Vergílio. Conta corrente 1. (1969-1976). Lisboa: Bertrand Editora, 1980.

FERREIRA, Vergílio. Conta corrente 2. (1977-1979). Lisboa: Bertrand Editora, 1981.

FERREIRA, Vergílio. Conta corrente 3. (1980-1981). Lisboa: Bertrand Editora, 1980.

FERREIRA, Vergílio. Conta corrente 4. (1982-1983). Lisboa: Bertrand Editora, 1986.

FERREIRA, Vergílio. Conta corrente 5. (1980-1981). Lisboa: Bertrand Editora, 1987.

FERREIRA, Vergílio. Conta corrente 6. (1982-1983). Lisboa: Bertrand Editora, 1993.

FERREIRA, Vergílio. Conta corrente 7. (1980-1981). Lisboa: Bertrand Editora, 1993.

FERREIRA, Vergílio. Conta corrente 8. (1982-1983). Lisboa: Bertrand Editora, 1994.

FERREIRA, Vergílio. Conta corrente 9. (1980-1981). Lisboa: Bertrand Editora, 1994.

LEIRIS, Michel. A idade viril. Tradução Paulo Neves. São Paulo: Cosac&Naif, 2003.

ROCHA, Clara. Máscaras de Narciso. Estudos sobre literatura autobiográfica em Portugal. Coimbra: Almedina, 1992.

SEIXO, Maria Alzira. A palavra do romance.Lisboa: Livros Horizonte, 1986.

Notas

1 Nesse sentido é curioso notar que Conta-Corrente foi enviado para um prêmio de ficção pela Editora que o publicara. A esse respeito, no volume IV do diário, Vergílio escreve: “A Bertrand enviou o meu Conta-Corrente a um prêmio de ficção. E hoje um amigo telefona-me a dizer-me que há grande controvérsia no júri sobre se na “ficção” - que é um termo já convencional, já fixado pelo uso – se pode incluir diário. Mas obviamente que sim. Um romance só muito raramente é pura construção imaginativa. Conta-Corrente IV, p.113. Voltar ao texto

2 BAPTISTA, Abel. Coligação de avulsos- ensaios de critica literária. Lisboa: Cotovia, 2003. Voltar ao texto

3 FERREIRA, Conta-corrente 1, p.11. A partir de agora, utilizaremos a abreviatura C-C, com o devido número da série para referir aos titulos dos diários. Voltar ao texto

4 DIDIER, Béatrice, Le journal intime, Paris: P.U.F, 1976. Voltar ao texto

Para citar este artigo

Referência Eletrônica

Sabrina Sedlmayer, « “Deambulação por fragmentos: os diários de Vergílio Ferreira” », Reflexos [Online], 2 | 2014, Online desde 18 mai 2022, Acessado em 07 décembre 2024. URL : http://interfas.univ-tlse2.fr/reflexos/605

Autor

Sabrina Sedlmayer

Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)

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